Caros bobby's,
Dirijo-me à comunidade bobby, sem antes , reflectidamente, saudar os órgãos sociais. Está-se presidente, está-se presidente da assembleia geral e está-se presidente das várias comissões. Mas é-se bobby. Esta constância associada ao verbo ser, bem diferente da que caracteriza o verbo estar, determina a minha opção. Também a esta ideia subjaz a necessidade assumida de reforçar a minha condição de "ser bobby". De facto, aparecer uma vez por ano na altura da queima determina que, pelo menos dessa vez, me comporte à altura de tão ilustre instituição, "sendo bobby".
Dirijo uma palavra de apreço a todos aqueles que não procuram qualquer protagonismo no seio da organização. Homenageio, em concreto, o bobby Oliveira que aceitou vagar o cargo de presidente com um sorriso nos lábios. O mesmo sorriso que ostenta enquanto "está presidente da comissão de finanças e ética". Devo dizer, sem hipocrisias, que o lugar por ora ocupado pelo Bobby Oliveira me é caro. Sob a hipótese, remota, assim o desejo, de disputar o lugar com tão prezado amigo, peço-vos que me detenham. Por vezes o vinho sobrepõe-se à seriedade de comportamentos. E, pelo que vi no ano passado, esta lógica de "disputar lugares" não é o comportamento dominante nos bobbys...E, portanto, eu não quero ser diferente.
Por fim, volvida uma semana desde o último convívio com alguns dos bobbys, subordinada ao tema "o que para aqui vai de pinga", resta-me endereçar uma última palavra (de um autor muito conhecido) a todos aqueles que participam de forma autónoma e defendem insistente e, não raro, abruptamente, as suas ideias: "tenho o direito de ser igual quando a diferença me diminui e o direito de ser diferente quando a igualdade me descaracteriza". Desejo que esta última parte da frase sirva de orientação a todos os bobbys para futuras intervenções.
Cordialmente,
Daniel Taborda
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