Uma outra análise aos últimos resultados eleitorais

Agora que os paineleiros da plebe se começam a calar nas análises políticas oligofrénicas com que habitualmente nos brindam, é tempo de dizer o que ainda não foi dito: que os verdadeiros vencedores desta disputa autárquica não foram outros senão os bobbys!
Esta frase, como todas as que parecem simples, carece de uma dissertação um pouco mais complexa.
Ei-la, com factos: onde o bobby foi candidato, o bobby ganhou.

Dizem-me que o Paulinho no domingo terá dito " até os bobbys, com quem estavámos empatados em número de câmaras, conseguimos golear".  A ser verdade não me espanta. É frase de jornalista, logo superficial. O Paulinho não sabe, ou faz de conta que não sabe, que, em democracia, o povo não vota em quem quer. Escolhe entre aquilo que lhe dão. E quando lhe dão um  bobby, os resultados estão à vista.
Perguntaram-me ontem, depois dos resultados eleitorais, qual a semelhança entre o bloco e o bobbys. Respondi antes de pensar, conferindo à resposta garantia de sinceridade. "A única semelhança entre o bloco e os bobbys é que antes destas eleições ambos tínhamos uma câmara.", terei dito.

Repito sem me repetir: onde o bobby foi candidato, o bobby ganhou.
É a teoria do Dr. Culatra ao contrário. Em vez de "o cliente quer, o cliente tem" impõe-se " o eleitor tem (um bobby em quem votar), o eleitor quer!"

Bem aventuradas as gentes a quem é disponibilizado um bobby em quem votar!

Foi esta a lição principal que o povo quis dar no passado domingo.