segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Os Bobbys e o paradoxo de Zenão de Eleia





Zenão de Eleia, nascido na cidade de Eleia em 488 a.C.,  é considerado um dos grandes filósofos pré-socráticos da antiga Grécia. Tido como um dos principais discípulos de Parmênides, Zenão terá  contribuído para o pensamento filosófico através da introdução do conceito de paradoxo, tendo elaborado vários, dos quais o mais conhecido é o famoso “Paradoxo de Zenão”. Neste, Aquiles, herói grego veloz, perde a corrida para a tartaruga. Com ele quis demonstrar a inexistência do movimento.


Também a filosofia dominante nos Bobbys,  nas eras pré e pós-socrática, encerra em si um paradoxo que inclui a ausência de movimento: aquele que menos faz, mais líder é.
(na fase intermédia a expressão “menos faz” terá sido, não raramente, substituída por “melhor rouba”, dizem).




Não será isso injusto para quem tanto deu e dá à causa Bobby? Talvez. Mas os Deuses, por razões que só eles conhecem, subtraem o conceito de justiça na hora de criar líderes.


Dartacão, legítima e fotocopiamente tornado líder, parece pertencer a esse grupo de eleitos. Chegou, viu, venceu e desapareceu, trazendo consigo o mito sebastianista.  «Talvez apareça numa qualquer latada noite de nevoeiro» , dizem alguns, esquecendo-se, por momentos, que nada de dolorosamente consciente brotou da declaração de vitória que ainda não fez.
Desiludam-se, porém, aqueles que julgam que a actual presidência morreu assada num qualquer prato da restauração algarvia.
Nesta organização, aqueles que são dignos de uma estátua são os mesmos que vão ter de as construir desenhando os bustos dos que a não merecem.

Não terá sido essa, afinal, a táctica utilizada pelo mais duradouro presidente e mais bem sucedido ex- presidente dos Bobbys?



O autor deste texto escreve de acordo com a antiga ortografia portuguesa