domingo, 11 de agosto de 2013

Os bobbys e a face visível do epicurismo moderno




"O prazer é o princípio e o fim de uma vida feliz."

"O prazer é o primeiro dos bens. É a ausência de dor no corpo e de inquietação na alma."

"Tu, que não és senhor do teu amanhã, não adies o momento de gozar o prazer possível! Consumimos a nossa vida a esperar e morremos empenhados na espera do prazer." 

"Devemos procurar alguém com quem comer e beber antes de buscar algo que comer e beber. Só assim nos distinguimos do leão ou do lobo"




Epicuro de Samos (em grego antigo Ἐπίκουρος, Epikouros, "aliado, camarada") nasceu em  341 a.C. em Samos e terá falecido em  271 ou 270 a.C. em Atenas.
Foi um dos maiores pensadores do seu tempo. A sua doutrina alicerçava-se na orientação da conduta humana de modo a ser possível alcançar uma vida feliz.
Para Epicuro, só o sábio estaria em condições de atingir a felicidade através de um completo auto-domínio, da constante busca do prazer e tranquilidade (ataraxia).
Fez dos seus jardins Escola e, num sereno lazer semelhante ao dos deuses, deu vida a uma sociedade genial, em que dominava o vínculo da amizade. As amizades dos epicuristas ficaram, aliás, tão famosas como as dos pitagóricos.


Os mesmos pressupostos estiveram na génese da formação de um outro grupo de pensadores, mais de dois milénios depois (em 1992 d.C., diz-se). Fieis à tríade de valores inexpugnáveis que os iluminam, conduzem a vida na busca da jubilidade, distraindo a dor.
« Ditoso é, não quem sente o prazer, mas quem sabe administrar o prazer que sente»,  terão dito.

Um olhar atento à gente que passa permite-nos concluir, na verdade, que há duas categorias de homens: os que subordinam a vida à busca insaciável do prazer - os hedonistas -, e os que passam pela vida sem ter consciência dele.
Há, porém, uma terceira classe excepcional: são os que, apreendendo a mensagem dos sábios do passado, conduzem o presente tendo em vista o prazer futuro ou o futuro tendo em mente o prazer presente.

A esta categoria pertencem os bobbys sendo, por isso, honrosamente considerados neo-epicuristas.

Não convivem com qualquer forma de hedonismo que repudiam e rejeitam. Nem se submetem a uma vida de cariz estritamente contemplativo, que é inimiga do prazer sentido.
Tornar a alma prisioneira do prazer é não saber viver, subjugar a vida à sua ausência é não querer compreender.

É este pensamento
que, neste momento,
convosco partilha

O Vosso

Cavaleiro- Bobby